A UCI se pronunciará em breve sobre o consumo de cetonas

A cetona, aquela bebida que gerou polêmica em 2020, chamou a atenção da UCI, que, após vários estudos e análises, decidirá seu uso em poucos dias.

A cetona e sua controvérsia

Há alguns meses, apareceu uma nova bebida que estava em voga profissional, mas ainda era desconhecida entre a maioria dos ciclistas: a cetona. Essa bebida, de origem militar, vinha sendo consumida cada vez mais pelas equipes do Pro Tour porque, supostamente, trazia grandes benefícios.

Mas isso, era questão de tempo, chegou aos ouvidos da UCI. Bem, na verdade alguns ciclistas se posicionaram contra em primeiro lugar. O caso mais notório foi o de Dumoulin, que deixou o Movimento pelo Ciclismo Limpo porque sua equipe na época usava cetona, algo que ele entendia estar beirando o ilegal.

Mas, foi a UCI que finalmente se encarregou de um estudo e debate entre os maiores especialistas para determinar sua posição sobre as cetonas.

A posição da UCI em relação ao uso de cetonas

E essa decisão final está chegando. Essa bebida que ajuda a se recuperar de forma acelerada vai ter uma sentença por parte do órgão máxima do ciclismo. A UCI vai acabar decidindo o equilíbrio que reina entre os partidários e os detratores da cetona.

Todas as equipes pertencentes a este Movimento pelo Ciclismo Limpo enviaram um pedido à Agência Mundial Antidopagem, que fizeram os pedidos à UCI a este respeito. No entanto, sete equipes profissionais continuam a usá-lo, incluindo a Jumbo-Visma, atual equipe de Dumoulin e SunWeb aquela que ele deixou por discordar sobre seu uso, algo que agora soa até uma desculpa.

A verdade é que a cetona parece melhorar o desempenho. Alguns chegam a afirmar que essa melhora é de cerca de 15%, um absurdo para ser verdade. Mas a única verdade é que não existem estudos conclusivos e muito pouco se sabe sobre esta cetona.

Portanto, nessa posição de se tratar de um suplemento alimentar ou de uma substância dopante, será finalmente a UCI que irá decidir se permitirá seu uso, ou proibirá adicionando-o na sua lista negra.

A própria Jumbo-Visma, por meio de uma de suas nutricionistas, afirmou que proibir seria proibir um alimento, e que seria necessário fazer o mesmo com muitos outros, inclusive carboidratos. No entanto, ao mesmo tempo, Asker Jeukendrup, também afirmou que não é um milagre, embora “melhore a performance”. Um argumento duplo contraditório: melhora significativamente o desempenho, mas não supõe uma melhora em relação a outros alimentos.

Seja como for, todos aguardam a nota oficial da UCI sobre a cetona, pois serão as suas palavras e o seu veredito que vão acabar com a polémica e abrir caminho para o uso ou não da cetona no ciclismo.